Machado de Assis (1839 - 1908) é considerado um dos escritores mais importantes da literatura brasileira. Além do seu reconhecimento nacional, suas obras têm valor universal e até hoje inspira leitores e escritores do mundo todo.
Machado nasceu pobre e negro, inserido em um contexto social onde ainda existia escravidão e o Brasil era governado pela monarquia portuguesa. O consagrado escritor viveu momentos memoráveis da história brasileira. Por isso, decidimos destacar 6 curiosidades sobre a vida e carreira de Machado de Assis, que talvez você não saiba. Confira, a seguir:
Machado de Assis foi um dos responsáveis pela fundação da ABL (Academia Brasileira de Letras), em 1897 e até hoje é homenageado pela instituição. Além de ter uma estátua sua, em frente da sede da academia, também foi criado o “Prêmio Machado de Assis” que nomeia anualmente os melhores escritores do Brasil.
Medalha concedida pela ABL em homenagem ao 50º aniversário da morte de Machado de Assis.
Machado era muito amigo de José de Alencar, tanto que o escolheu para ser seu patrono na ABL. Alencar também foi quem apresentou Castro Alves a Machado, na intenção de que ele orientasse a carreira do jovem poeta.
Existe um boato envolvendo Machado e Alencar, que nunca foi bem esclarecido. O suposto filho de José de Alencar, Mário Alencar, poderia ser, na verdade, filho de Machado de Assis. O caso envolvendo os dois romancistas pode ter inspirado tanto a obra “Senhora” (1875), de José de Alencar, quanto “Dom Casmurro” (1899), de Machado de Assis.
A vida pessoal de Machado de Assis sempre fez parte de suas obras literárias. Machado escreveu uma coletânea de poesias chamada “Crisálidas” (1864), em memória de seus pais, Francisco José de Assis e Maria Leopoldina Machado de Assis.
Em 1895, Machado escreveu a poesia “Soneto Circular”, inspirado no quadro “A Dama do Livro (1882)”, de Roberto Fontana. Machado era apaixonado pela pintura, mas não tinha dinheiro para comprá-la. Então, alguns amigos se reuniram e deram o quadro de presente a ele.
O romance “Memorial de Aires” (1908), publicado no ano de sua morte, tem relação com sua esposa, Carolina Augusta Xavier de Novais. Estudiosos acreditam que as três heroínas, Carmo, Rita e Fidélia, representavam três aspectos de Carolina para Machado: "mãe", "irmã" e "esposa".
Capa do livro "Memorial de Aires", Coleção L&PM Pocket, 1998.
Machado de Assis foi candidato a deputado pelo Partido Liberal do Império. O partido tinha como ideologia defender os interesses sociais, sem compromissos diretos com a escravidão. Contudo, Machado logo desistiu da candidatura, por decidir comprometer sua vida somente às letras.
Foto do tabuleiro de xadrez que pertenceu a Machado de Assis.
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