Nos mais de duzentos livros publicados, além de romancista, H. G. Wells (1866- 1946) também é conhecido pela sua influência como crítico e pensador político.
Não é qualquer escritor que exerce influência na política de um país. A dificuldade é ainda maior quando se trata de um período histórico onde a censura predomina e pensamentos contrários não são aceitos. Mesmo diante disso, H. G. Wells mantinha seu posicionamento socialista, lutando a favor da liberdade de expressão e criticando as desigualdades sociais.
Levando em consideração a notoriedade de seus textos e a importância dos seus princípios ideológicos, separamos 6 curiosidades de H. G. Wells na política mundial. Confira.
Queima de livros em Berlim, Alemanha (1933)
Em 1933, durante a Segunda Guerra Mundial, Wells chamou a atenção dos alemães depois que criticou a situação política da Alemanha. Por causa disso, ele teve seus livros queimados em Berlim e banidos em todas as bibliotecas do país.
H.G. Wells foi incluído numa “lista negra” criada por Adolf Hitler, durante a tentativa de invasão da Grã-Bretanha pelos nazistas. As personalidades britânicas que estavam naquela lista deveriam ser eliminadas.
Wells também era presidente do clube de escritores “PEN Internacional” e se recusou a ceder aos simpatizantes nazistas que exigiam que o autor exilado, Ernst Toller, de origem judaica, fosse impedido de falar.
Em 1934, Wells visitou a Rússia esperando conquistar Joseph Stalin pela “força” do argumento. Wells entrevistou Stalin por três horas, pela revista New Statesman. Uma entrevista considerada raríssima para a época.
H.G. Wells disse para Stalin que tinha visto “os rostos felizes, de pessoas saudáveis”, em oposição a sua visita anterior a Moscou, em 1920. No entanto, ele também criticou a ilegalidade, discriminação de classe, violência estatal e ausência de liberdade de expressão. Apesar de Joseph Stalin ter gostado na conversa, Wells percebeu que nenhuma reforma iria acontecer tão cedo.
Seu livro “Os Direitos do Homem” (1940), foi usado como base para a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948. O documento foi criado pela Organização das Nações unidas (ONU) e é usado até hoje para definir os direitos essenciais a todos.
À esquerda, capa do livro "Os direitos do Homem" (1940), que serviu de base para a criação da Declaração dos Direitos Humanos, em 1948, à direita.
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